Phase VI - Illinois

Saímos da casa dos Opie no sábado, duas da tarde. Pegamos a route 12 oeste, depois a Interstate 90/80 (pedágio de novo), e finalmente a 41 para ver Chicago das margens do Lago Michigan. Só ver. Não conseguimos localizar nossos amigos que moram em Chicago (na verdade, que estão se mudando para Chicago nestes dias), e não tem sentido ficar na cidade. Então só passamos pela cidade e dissemos nossos "oh!s" e "ah!s" pelo que conseguíamos ver do skyline, da arquitetura (genial!), fontes e parques. Os parques a beira do lago lembravam muito o aterro do Flamengo, com viadutos, curvas, grandes áreas plantadas, gente correndo. Mas sou mais Burle Max. Os motoristas em Chicago fariam os romanos parecerem freiras. Cortam e costuram na maior impunidade. O jogo é ver que chega mais perto de um choque frontal, ou ao menos com a porta do carro do adversário e desviar no último segundo.

Fomos pela 41 norte até quase o fim de Chicago, e depois pegamos 19 oeste para ter acesso à interstate 80/90 (longuíssimos 25 quilômetros, placas incompreensíveis, motoristas barbeiros e nos perdemos só uma vez, quase um milagre). Em Rockford, mudamos para a route 20 oeste. As routes são muito mais interessantes que as Interstates, que são freeways muito parecidas umas com as outras. Na 20 oeste, tínhamos uma bela vista, das casas e campos de milho (ou vocês acharam que já tinha acabado? Ainda nem começamos com o milho para valer. Esperem o Iowa.). E mais opções para acampamento. Acabamos decidindo por um camping em um parque nacional pequeno, quase em Galena (terra do presidente Grant), em Apple River Canyon.

Nossa primeira experiência com a barraca nova. Montamos em um segundo. O camping é bem organizado. Custa 3 dólares, tem banheiros daqueles de fossa, mas bem limpinho, perto de um rio (o tal Apple River do Canyon), e os lugares para montar as barracas todos numerados. Sem chuveiros. Como era o último fim de semana de férias nos EUA, tinha famílias para todos os lados, muitas crianças. E acampamento de família americana é coisa com superinfraestrutura. Tinha gente até com mesinha de ping-pong. Final do dia: nada de banho, mosquitos e uma unha quebrada. Chegamos na wilderness.

Acordamos cedo no dia seguinte, para explorar o terreno e porque tinha um pouco de água na nossa tenda. Eu acho que choveu, Roberto diz que era só a umidade da noite. Queira Deus que eu esteja certa, por que se aquilo é só sereno, nem quero ver o que acontece quando pegarmos chuva de verdade.