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Phase III - Pittsburgh

Então nós abandonamos Washington na segunda à noite, com um breve pit-stop em uma farmácia para comprar hidratante e protetor solar número 45. Washington também nos ensinou uma coisa: os EUA são grandes. Com a quantidade de mapas que vimos, não dava mais para acreditar que "a Califórnia era logo ali". Então decidimos acelerar nestes próximos dois dias e ficar mais tempo nos parques nacionais nas Rochosas. Lá vamos nós em direção a Pittsburgh. Para quem quer seguir os mapas, pegamos a rodovia 270 ou 70, de Washington em direção a Hagerstown, onde mudamos para a rodovia 68, em Maryland, muito mais bonita... Com a nova pressa, meus planos de visitar campos de batalha já eram. Gettysburg é muito longe, e Antietam já passou. Não faz mal. Esta área de Maryland e sul de Pennsylvania é linda e na estrada a gente sempre acaba achando algo interessante...

Ou o que os Americanos nos fazem pensar que é interessante. Por exemplo, da rodovia 68, seguindo indicações do mapa, entramos na Pennsylvania através da route 40, procurando o Forte Necessity. Forte Necessity foi construído por George Washington, enquanto este era ainda oficial colonial do exército britânico. Os franceses estavam avançando as fronteiras do Canadá, com ajuda de grupos indígenas, e queriam principalmente ocupar a junção dos dois rios que formam o Ohio (onde hoje é Pittsburgh). Washington tentou uma missão diplomática para "dissuadí-los". Não deu certo e em uma determinada ocasião acabou se metendo em uma escaramuça com os franceses e índios, e venceu. Mas sabia que haveria represálias. Na pressa, ou por pura necessidade, construíram um forte ao sul do Rio Ohio, na verdade uma pequena paliçada. E foram derrotados depois de uma batalha de dois dias, embora a rendição tenha sido honrosa. O "forte" foi queimados pelos franceses. Então o que temos? Uma derrota de Washington, e um forte que não existe mais. Pois bem, o forte foi reconstruído, a palavra derrota não é mencionada (rendição honrosa sim, mas não derrota), e uma pequena e bem organizada estrutura informa ao visitante tudo que ele poderia jamais querer saber sobre Washington, as guerras índias, e o bendito do forte. Isto se chama uma boa estratégia de marketing...

Mesma coisa com a tal da Fallingwater house. É uma casa construída pelo arquiteto Frank Lloyd Wright, sobre uma cascata. A casa é linda, a cascata mais ou menos (véu de noiva de Itatiaia dá de dez), e estava bem seca quando fomos lá. Mas havia indicações na estrada com ao menos 10 milhas de antecedência, visitas guiadas até a casa, e um ingresso de no mínimo três dólares por pessoa.

Chegamos em Pittsburgh por volta das 5 da tarde. Como o nosso anfitrião, Vasko Petrov, pai de nosso amigo búlgaro Plamen, só chegaria do trabalho por volta das 7, resolvemos dar uma volta na cidade, e nos divertir na rush hour. Filas. Muitas filas. E chuva. E entra água no nosso porta-malas. Mas fora estes pequenos detalhes, foi interessante. A cidade cresceu ao redor do Fort Pitt (que não existe mais) na junção de dois rios que formam o Ohio. Tem muitas pontes amarelas, uma arquitetura bem interessante, muitas indústrias de aço, um estádio de baseball enorme, barcos a vapor, daqueles com pás, e o museu Andy Warhol, o que fez os olhos do Roberto brilharem. Depois de nos perdermos mais umas duas vezes (normal...) afinal chegamos à casa de Vasko. Deve-se dizer que búlgaros tem um fígado invejável e um ótimo gosto para bebida. Roberto e eu preparamos uma pasta a carbonara, e Vasko a acompanhou com graspa búlgara (deliciosa), um vinho branco chileno (bom) e saque que vem em tetrapak (fe-no-me-nal!!)--ele trabalha em uma companhia japonesa em Pittsburgh.

No dia seguinte, mais ou menos cedo, subimos o Monte Washington, para ver a cidade do alto. Impressiona. Mas os próprios habitantes de Pittsburgh admitem que é muito úmida, e quando não chove, tem sempre uma névoa de umidade que dificulta a observação. Mas eu continuo encantada com a arquitetura. Roberto nem quis ouvir falar em uma exploração mais detalhada da história do local. Estamos ambos assustados com a quantidade de milhas que ainda temos que fazer. E queremos chegar logo na casa do meu orientador em lago Michigan.

Nossa última atividade em Pittsburgh foi visitar o Museu Andy Warhol. Nem tudo que ele fez eu gosto (heresia! heresia! diria Roberto), mas ele entendeu muito bem a alma americana, a questão da media na criação do imaginário e manipulou isto como quis. O Museu tem 7 andares, mas não é muito grande, os andares são estreitos. Sem descrição, desculpem. Vocês vão ter que ver as fotos. Minha favorita é a vaca púrpura em fundo amarelo. Parece que está sempre olhando para ti. (Havia também um exposição de Dali, no segundo andar. Nada mau...)

Um abraço, rumo a Ohio!!

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